Chineses desenvolvem dispositivo de armazenamento mais rápido do mundo
A China vem revelando inovações relevantes na indústria de hardware nos últimos meses. A mais recente delas tem a ver com memória flash, a mesma que equipa SSDs, mas que faz escrita e leitura de forma extremamente veloz, chegando a 400 picossegundos. Essa unidade de medida de tempo equivale a um segundo dividido por um trilhão. Ou seja, um trilionésimo de segundos. O que é memória RAM? Quais os tipos de memória cache? O feito vem da Universidade de Fudan em Xangai, China, e tem como maior objetivo eliminar o gargalo causado pelas memórias atuais no processamento de aplicações com IA. Isso significa que o país está dando um salto significativo em inteligência artificial como um todo. Para efeito de comparação, memórias SRAM e DRAM, que estão na memória cache da CPU e memória RAM, por exemplo, escrevem dados entre 1 a 10 nanossegundos. Porém a memória flash que temos em SSDs são consideravelmente mais lentas, chegando aos milissegundos. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Memória "PoX" é muito rápida e não volátil A nova invenção não é só extremamente rápida, fazendo a escrita de dados em picossegundos, mas também mantém todos os dados salvos por ser nã-volátil, como SSDs e pendrives. Diferente da memória RAM, que, apesar de rápida, perde todas as informações ao reiniciar o sistema. Pesquisadores da Universidade de Fudan trabalhando na nova memória (Imagem: Universidade de Fudan) "Ao usar algoritmos de IA para otimizar as condições de teste do processo, avançamos significativamente com essa inovação e abrimos caminho para suas futuras aplicações", disse o professor Zhou Peng. Chamada de "Phase-change Oxide" (PoX), a nova memória já passou nos testes iniciais e a equipe já trabalha com parceiros de fabricação. O próximo passo, como afirma a pesquisadora Liu Chunsen, é levar a invenção para os smartphones e computadores e permitir a inferência de IA de forma local: "Agora conseguimos fabricar um chip em pequena escala e totalmente funcional. A próxima etapa envolve integrá-lo aos smartphones e computadores existentes. Dessa forma, ao implantar modelos locais em nossos telefones e computadores, não encontraremos mais os problemas de gargalo, como atraso e aquecimento, causados pela tecnologia de armazenamento existente". Veja mais do CTUP: Jogar com SSD ou HDD? Veja se tem diferença de desempenho Mistério resolvido: para que servia o botão Turbo nos PCs antigos? Advanced Low Power Island: conheça a nova arquitetura de baixo consumo da Intel Leia a matéria no Canaltech.

A China vem revelando inovações relevantes na indústria de hardware nos últimos meses. A mais recente delas tem a ver com memória flash, a mesma que equipa SSDs, mas que faz escrita e leitura de forma extremamente veloz, chegando a 400 picossegundos. Essa unidade de medida de tempo equivale a um segundo dividido por um trilhão. Ou seja, um trilionésimo de segundos.
O feito vem da Universidade de Fudan em Xangai, China, e tem como maior objetivo eliminar o gargalo causado pelas memórias atuais no processamento de aplicações com IA. Isso significa que o país está dando um salto significativo em inteligência artificial como um todo.
Para efeito de comparação, memórias SRAM e DRAM, que estão na memória cache da CPU e memória RAM, por exemplo, escrevem dados entre 1 a 10 nanossegundos. Porém a memória flash que temos em SSDs são consideravelmente mais lentas, chegando aos milissegundos.
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Memória "PoX" é muito rápida e não volátil
A nova invenção não é só extremamente rápida, fazendo a escrita de dados em picossegundos, mas também mantém todos os dados salvos por ser nã-volátil, como SSDs e pendrives. Diferente da memória RAM, que, apesar de rápida, perde todas as informações ao reiniciar o sistema.
"Ao usar algoritmos de IA para otimizar as condições de teste do processo, avançamos significativamente com essa inovação e abrimos caminho para suas futuras aplicações", disse o professor Zhou Peng.
Chamada de "Phase-change Oxide" (PoX), a nova memória já passou nos testes iniciais e a equipe já trabalha com parceiros de fabricação. O próximo passo, como afirma a pesquisadora Liu Chunsen, é levar a invenção para os smartphones e computadores e permitir a inferência de IA de forma local:
"Agora conseguimos fabricar um chip em pequena escala e totalmente funcional. A próxima etapa envolve integrá-lo aos smartphones e computadores existentes. Dessa forma, ao implantar modelos locais em nossos telefones e computadores, não encontraremos mais os problemas de gargalo, como atraso e aquecimento, causados pela tecnologia de armazenamento existente".
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