Mauro Vieira diz que Lula pediu 'auxílio' a Janja em fala sobre TikTok, mas nega convite para representante vir ao Brasil
Na semana anterior, Janja causou constrangimento ao pedir a palavra, em jantar com Xi Jinping, para criticar algoritmos do TikTok. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (20) que o governo brasileiro não fez nenhum convite formal para especialistas ou representantes da rede social chinesa TikTok virem ao Brasil para debater a regulamentação da plataforma. Vieira foi questionado pelo senador Sergio Moro (União-PR), na Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre o "constrangimento" protagonizado pela primeira-dama, Janja da Silva, ao pedir a palavra durante jantar do presidente Lula com o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim, na última semana. O chanceler brasileiro afirmou a Moro que Lula pediu o "auxílio" de Janja durante uma conversa com Xi Jinping sobre redes sociais. Mas negou que haja convite para que representantes do governo chinês ou do TikTok venham ao Brasil tratar do tema. "Eu estava presente, e foi uma menção que o presidente Lula fez. E que ele só, inclusive, pediu auxílio na hora à primeira-dama. O fato específico é que foi dito o seguinte: não é possível que se deixe, em plataformas digitais, que haja divulgação de temas, de pornografia, de pedofilia e dos famos desafios que correm nas redes digitais, que levaram à morte de uma criança de oito anos há pouco tempo em Brasília", disse. Janja reconhece quebra de protocolo em jantar com Xi Jinping, mas diz que 'não vai se calar' Janja cria constrangimento com Xi Jinping O ministro afirmou que, primeiro, o "Brasil tem que regulamentar a questão das plataformas" – e somente depois "tratar com o governo chinês". "Não há, de forma alguma, programa de visita de especialistas para tratar do que quer que seja. Isso pode haver no futuro. Acho que o Brasil tem que regulamentar a questão das plataformas e, depois, é uma questão de tratar com o governo chinês. Porque também é diferente a questão dos algoritmos utilizados na China e no resto do mundo, pela empresa", emendou. "Não houve convite para nenhuma autoridade chinesa vir. Isso, não há." "Tem que ter [regulamentação], tem que haver algum tipo de controle, não se pode deixar, afinal de contas as plataformas que veiculam isso têm que ter algum tipo de responsabilidade. Foi nesse sentido - única e exclusivamente - que se mencionou a questão na China", acrescentou Mauro Vieira. O presidente Lula e a primeira-dama, Janja, são recebidos pelo presidente da China, Xi Jinping. Ricardo Stuckert/PR 'Constrangimento' em jantar Segundo os blogs da Andréia Sadi e do Valdo Cruz no g1, Janja pediu a palavra em uma agenda com o presidente chinês. Na ocasião, a primeira-dama brasileira falou sobre a regulamentação das redes e disse que o TikTok favorecia a direita. Membros da comitiva brasileira na China teriam avaliado a situação como "constrangedora", ainda segundo os blogs. Já na saída, no Senado, Mauro Vieira afirmou que o TikTok já afirmou que está "disposto a conversar". E disse que, se as autoridades chinesas procurarem, o Brasil não terá problemas em participar das discussões. "Isso depois, se a empresa procurar e estiver em contato com a embaixada, nós conversaremos sobre todos os assuntos. Eles, inclusive, já manifestaram que podem conversar com a embaixada. Portanto, nós veremos isso."


Na semana anterior, Janja causou constrangimento ao pedir a palavra, em jantar com Xi Jinping, para criticar algoritmos do TikTok. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (20) que o governo brasileiro não fez nenhum convite formal para especialistas ou representantes da rede social chinesa TikTok virem ao Brasil para debater a regulamentação da plataforma. Vieira foi questionado pelo senador Sergio Moro (União-PR), na Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre o "constrangimento" protagonizado pela primeira-dama, Janja da Silva, ao pedir a palavra durante jantar do presidente Lula com o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim, na última semana. O chanceler brasileiro afirmou a Moro que Lula pediu o "auxílio" de Janja durante uma conversa com Xi Jinping sobre redes sociais. Mas negou que haja convite para que representantes do governo chinês ou do TikTok venham ao Brasil tratar do tema. "Eu estava presente, e foi uma menção que o presidente Lula fez. E que ele só, inclusive, pediu auxílio na hora à primeira-dama. O fato específico é que foi dito o seguinte: não é possível que se deixe, em plataformas digitais, que haja divulgação de temas, de pornografia, de pedofilia e dos famos desafios que correm nas redes digitais, que levaram à morte de uma criança de oito anos há pouco tempo em Brasília", disse. Janja reconhece quebra de protocolo em jantar com Xi Jinping, mas diz que 'não vai se calar' Janja cria constrangimento com Xi Jinping O ministro afirmou que, primeiro, o "Brasil tem que regulamentar a questão das plataformas" – e somente depois "tratar com o governo chinês". "Não há, de forma alguma, programa de visita de especialistas para tratar do que quer que seja. Isso pode haver no futuro. Acho que o Brasil tem que regulamentar a questão das plataformas e, depois, é uma questão de tratar com o governo chinês. Porque também é diferente a questão dos algoritmos utilizados na China e no resto do mundo, pela empresa", emendou. "Não houve convite para nenhuma autoridade chinesa vir. Isso, não há." "Tem que ter [regulamentação], tem que haver algum tipo de controle, não se pode deixar, afinal de contas as plataformas que veiculam isso têm que ter algum tipo de responsabilidade. Foi nesse sentido - única e exclusivamente - que se mencionou a questão na China", acrescentou Mauro Vieira. O presidente Lula e a primeira-dama, Janja, são recebidos pelo presidente da China, Xi Jinping. Ricardo Stuckert/PR 'Constrangimento' em jantar Segundo os blogs da Andréia Sadi e do Valdo Cruz no g1, Janja pediu a palavra em uma agenda com o presidente chinês. Na ocasião, a primeira-dama brasileira falou sobre a regulamentação das redes e disse que o TikTok favorecia a direita. Membros da comitiva brasileira na China teriam avaliado a situação como "constrangedora", ainda segundo os blogs. Já na saída, no Senado, Mauro Vieira afirmou que o TikTok já afirmou que está "disposto a conversar". E disse que, se as autoridades chinesas procurarem, o Brasil não terá problemas em participar das discussões. "Isso depois, se a empresa procurar e estiver em contato com a embaixada, nós conversaremos sobre todos os assuntos. Eles, inclusive, já manifestaram que podem conversar com a embaixada. Portanto, nós veremos isso."