Onimusha 2 Samurai’s Destiny – Preview
Mesmo com todo o status cult que a franquia foi obtendo ao longo dos últimos anos, muita da atenção dada à série Onimusha sempre foi voltada para um de dois títulos: ou o lançamento original, Onimusha: Warlords ou o terceiro título da série, o estrondoso Onimusha 3: Demon Siege. Afinal, eles marcaram o início e …

Mesmo com todo o status cult que a franquia foi obtendo ao longo dos últimos anos, muita da atenção dada à série Onimusha sempre foi voltada para um de dois títulos: ou o lançamento original, Onimusha: Warlords ou o terceiro título da série, o estrondoso Onimusha 3: Demon Siege. Afinal, eles marcaram o início e o ápice da franquia em termos de popularidade, fazendo com que os jogos pares não recebessem o mesmo foco.
Para quem não passou batido por eles, no entanto, é fácil entender porque eles também merecem atenção, especialmente Onimusha 2: Samurai’s Destiny. A relativamente escanteada aventura de Jubei Yagyu sempre foi, desde a época do PS2, um ótimo jogo de Ação e Aventura, mesmo quando era constrito pelas limitações técnicas presentes em um título lançado no meio daquela geração.
É por isso que, quando a Capcom finalmente anunciou o remaster do jogo há pouco mais de 2 meses, minha empolgação era bem difícil de conter. Era um título que já trazia uma importante evolução dando mais força à identidade da série, distinta das mecânicas mais similares à Resident Evil que deram origem à série, um dos tantos frutos dos protótipos de RE4.
Tendo jogado as primeiras horas da remasterização, é bem fácil lembrar o porquê o jogo era tão cativante quando saiu lá atrás dadas as consideráveis evoluções que o jogo traz em relação aos sistemas do seu predecessor. Especialmente sabendo que todo esse processo de lançamento vai enriquecendo a jornada até a chegada do próximo grande título da franquia, Onimusha: Way of the Sword.
O primeiro ponto que se mostra muito claramente é a atenção dada à narrativa. Embora o primeiro jogo já tivesse uma história sendo contada ali, não era nada perto do nível visto em Samurai’s Destiny. A jornada aqui gira em torno da busca de Jubei por conseguir derrotar as forças de Oda Nobunaga após ele ser responsável por destruir a vila onde o clã do protagonista residia. Embora alguns dos elementos mais tensos vistos no original, ele tem menos elementos de “terror” que ainda permeavam o original, mesmo nos momentos em que você precisará lidar com monstros.
É durante essa jornada que Jubei vai construindo relações com uma série de personagens secundários que desempenham cada qual à sua maneira um papel bastante importante no desenrolar da narrativa. Embora seja complicado julgar a forma como cada um deles se desenvolve, já que foram só as primeiras horas (de uma jornada que, no geral, não é lá tão grande assim), é bem legal ver como Jubei vai conseguindo não só entrelaçar cada um dos personagens secundários em sua busca, mas eles tem suas próprias motivações para ajudar no combate ao exército de demônios.
Em termos de gameplay, ele é bastante funcional e prático. Não espere encontrar aqui nenhum tipo de resquício dos controles de “tanque” vistos em um Resident Evil mais antigo ou até mesmo do primeiro Onimusha. Embora a exploração ainda seja construída com base no mesmo esquema de telas fixas com os quais os jogadores já estão acostumados (e com belíssimos cenários que ficaram ainda mais agradáveis de se ver em 4K), o jogador está livre para se movimentar em qualquer direção, ainda que os controles ainda sejam um pouco duros. Essa falta de fluidez na movimentação incomoda um pouco, mas é algo pequeno diante do quanto o remaster parece ter melhorado esse aspecto.
Nesse mesmo sentido, o combate tem uma fluidez muito agradável. O jogador tem tanto combos disponíveis com quadrado e habilidades especiais vinculadas ao uso de combinações entre botões de face e os gatilhos, além da possibilidade de alternar entre diferentes armas de combate físico e à distância. Muito dos seus poderes são utilizados usando barras de energia carregadas com orbes que são absorvidos graças à uma marca na mão de Jubei. Essa mesma marca o permite absorver orbes roxos maiores que o permitem, inclusive, se transformar em um poderoso Oni(musha).
Essas primeiras horas de gameplay trouxeram uma primeira impressão muito positiva da qualidade do remaster e são uma excelente lembrança da qualidade do jogo original. No todo, Onimusha 2: Samurai’s Destiny vai se desenhando como um remaster excelente que traz ótimos e importantes ajustes a um título que, embora não tenha recebido o mesmo reconhecimento e pompa de outros da série, merece finalmente ter sua chance de brilhar e, se o resultado final for tão bom quanto parece, teremos um resultado excepcional.
Onimusha 2: Samurai’s Destiny será lançado para PS4, Xbox One, Switch e PC em 23 de maio de 2025. Essa prévia é da versão de PS4 e foi realizada com um código fornecido pela Capcom.