Cuidado Com Os Mentores

Recentemente assisti ao filme "Karate Kid 1". E me chamou a atenção a frase que o Sr. Miyagi disse ao Daniel Larusso. Refleti sobre a construção da carreira em tecnologia. No início, a vontade de aprender, a energia de topar qualquer desafio, o brilho nos olhos; são características fortes. E acaba-se seguindo um determinado professor/mentor/orientador/conselheiro. E o ponto é que não está errado em buscar um norte para seguir. Apenas tenha cuidado com o que ouve e vê. Acredito que o filtro precisa existir. Aprendeu a usar uma determinada ferramenta? Parabéns, seus esforços e dedicação não foram em vão. Não se limite a uma única fonte de aprendizado. Por exemplo, um júnior pede conselho para alguém que já está há uns anos na área: Júnior: Como posso melhorar minha lógica em programação? Suposta pessoa com anos na área: Como assim você não domina lógica de orientação? Você não deveria nem tentar mais! Você não é um programador! Um exemplo bem radical, mas que exemplifica o desinteresse e desrespeito da suposta pessoa com anos na área. E, nesse caso, o júnior acredita fielmente que não é uma farsa, então todo o esforço e dedicação são jogados na lata do lixo. Não! Se já recebeu esse tipo de reação, saiba que a pessoa que disse isso está errada. Você é, sim, programador! Outro exemplo: o júnior começa a seguir uma suposta trilha de ensino: Puxa, que maneiro! Agora sim eu vou ser um sênior, olha só o tanto de coisa que tenho para estudar! Nesse exemplo, quero ressaltar que não existe uma única ferramenta para programar e muito menos uma única linguagem de programação. Atente-se ao mundo ao seu redor. Cada ferramenta tem um propósito. Atente-se em entender e, aí, forme sua opinião a respeito. Evite respostas como: "Não gosto dessa linguagem porque é difícil, a sintaxe é grande ou é algo arcaico." Aconselho: tente fazer algo na linguagem que decidiu seguir e depois comente se, de fato, é. Você é responsável pela construção da sua própria carreira. Seja muito grato a quem de bom grado te ensinou e ajudou durante o trajeto. Mas tudo o que for falado não necessariamente é para ser seguido. O que fez sentido para a pessoa que te aconselha não acontecerá de forma igual para você. Ajuda a iniciar, a destravar. Cuidado com o que ouve e vê, para que lá na frente você não culpe a todos, menos a si mesmo. Escolhas: nossa vida é feita por elas. E tudo bem errar e falhar; não caia no erro de cobrar perfeição de si. Recomece quantas vezes for preciso.

Mar 27, 2025 - 01:24

Recentemente assisti ao filme "Karate Kid 1". E me chamou a atenção a frase que o Sr. Miyagi disse ao Daniel Larusso. Refleti sobre a construção da carreira em tecnologia. No início, a vontade de aprender, a energia de topar qualquer desafio, o brilho nos olhos; são características fortes. E acaba-se seguindo um determinado professor/mentor/orientador/conselheiro. E o ponto é que não está errado em buscar um norte para seguir. Apenas tenha cuidado com o que ouve e vê. Acredito que o filtro precisa existir. Aprendeu a usar uma determinada ferramenta? Parabéns, seus esforços e dedicação não foram em vão. Não se limite a uma única fonte de aprendizado.

Por exemplo, um júnior pede conselho para alguém que já está há uns anos na área:

Júnior: Como posso melhorar minha lógica em programação?

Suposta pessoa com anos na área: Como assim você não domina lógica de orientação? Você não deveria nem tentar mais! Você não é um programador!

Um exemplo bem radical, mas que exemplifica o desinteresse e desrespeito da suposta pessoa com anos na área. E, nesse caso, o júnior acredita fielmente que não é uma farsa, então todo o esforço e dedicação são jogados na lata do lixo.

Não! Se já recebeu esse tipo de reação, saiba que a pessoa que disse isso está errada. Você é, sim, programador!

Outro exemplo: o júnior começa a seguir uma suposta trilha de ensino:

Puxa, que maneiro! Agora sim eu vou ser um sênior, olha só o tanto de coisa que tenho para estudar!

Nesse exemplo, quero ressaltar que não existe uma única ferramenta para programar e muito menos uma única linguagem de programação. Atente-se ao mundo ao seu redor. Cada ferramenta tem um propósito. Atente-se em entender e, aí, forme sua opinião a respeito. Evite respostas como: "Não gosto dessa linguagem porque é difícil, a sintaxe é grande ou é algo arcaico." Aconselho: tente fazer algo na linguagem que decidiu seguir e depois comente se, de fato, é.

Você é responsável pela construção da sua própria carreira. Seja muito grato a quem de bom grado te ensinou e ajudou durante o trajeto. Mas tudo o que for falado não necessariamente é para ser seguido. O que fez sentido para a pessoa que te aconselha não acontecerá de forma igual para você. Ajuda a iniciar, a destravar. Cuidado com o que ouve e vê, para que lá na frente você não culpe a todos, menos a si mesmo.

Escolhas: nossa vida é feita por elas. E tudo bem errar e falhar; não caia no erro de cobrar perfeição de si. Recomece quantas vezes for preciso.