Passo a Passo: Configuração do WSL para DevOps e SRE no Windows
O que é WSL O texto busca auxiliar usuários na criação de um ambiente de desenvolvimento Windows utilizando o WSL. O WSL (Windows Subsystem for Linux) permite ter um ambiente Linux com terminal e interface gráfica dentro do Windows, sem necessidade de dual boot ou mudança de sistema operacional. Assim, é possível usar o Windows para rotinas de programação e softwares/jogos exclusivos, e o Linux para desenvolvimento. Requisitos de Hardware Antes de iniciar a instalação do WSL no Windows, é preciso garantir que o hardware atenda aos requisitos mínimos: Configuração de Hardware Intel: I5 de 8ª Geração ou superior 16 GB de RAM Mínimo de 50 GB de disco Virtualização ativada na BIOS Configuração de Hardware AMD: AMD Ryzen 5 5600 ou superior 16 GB de RAM Mínimo de 50 GB de disco Virtualização ativada na BIOS O WSL funciona como uma virtualização dentro do Windows, portanto, para uma boa experiência, é necessário ter pelo menos o hardware listado. Para cargas de trabalho mais intensas no Windows, recomenda-se hardware superior às especificações mínimas. Como Ativar a Virtualização na BIOS Antes de começarmos, é fundamental garantir que a virtualização esteja habilitada na BIOS. Para isso, ao ligar o computador, pressione a tecla F2, F10 ou Delete, dependendo do modelo da sua placa-mãe. Você verá uma tela semelhante à mostrada abaixo: Habilitando em Placas AMD: Habilitando em Placas Intel: Importante: Cada placa-mãe possui um menu de configuração diferente. Consulte o manual da sua placa-mãe e procure pelas opções 'SVM Mode', 'Intel Virtualization Technology' ou o nome correspondente para a virtualização. Requisitos de Software Para garantir a melhor experiência na instalação do WSL, utilize o Windows 11, preferencialmente a última versão 24H2. O suporte da Microsoft para o Windows 10 termina em 14 de outubro de 2025. Ao iniciar o Windows, o primeiro passo é garantir que o App Installer esteja na versão mais recente. Abra a Microsoft Store (ícone de sacola com o logotipo do Windows) e clique no ícone de nuvem com seta para baixo, como ilustrado na imagem a seguir. Precisamos assegurar que o App Installer esteja atualizado. Clique em 'Get Update' ou 'Obter atualização' (a localização é idêntica, independentemente do idioma do seu Windows). O Processo de atualização pode demorar um pouco devido à quantidade de atualizações disponíveis e à sua velocidade de conexão, basta aguardar e certificar que tudo foi atualizado corretamente. Após atualizar o App Installer, é hora de iniciar o PowerShell como administrador para instalarmos a versão mais recente (7.5, na data deste artigo). Você verá uma tela como a imagem acima. Nela, executaremos o seguinte comando no PowerShell: winget install Microsoft.PowerShel Aguarde o processo de instalação e, em seguida, você pode fechar o PowerShell atual. Vá até o menu Iniciar, pesquise por PowerShell e inicie o PowerShell na cor azul escura como administrador, conforme a imagem a seguir: Com o PowerShell aberto como administrador, chegou a hora de criar o arquivo de configuração .wslconfig. Ele será responsável por limitar o uso máximo de hardware permitido para o WSL, fazendo com que o WSL não utilize todos os recursos do seu computador. Para isso, execute o comando abaixo: notepad "$env:USERPROFILE/.wslconfig" Ao executar o comando, um Bloco de Notas em branco será aberto: O comando acima vai criar um arquivo de texto na pasta inicial do seu usuário, que será responsável por aplicar algumas configurações avançadas. O arquivo de configuração possui uma sintaxe bem simples, que pode ser conferida aqui: Configuração de definições avançadas no WSL | Microsoft Learn Dentro do arquivo, insira as seguintes linhas (as que considero mais importantes): `# Configuração avançada do WSL [wsl2] Defina o limite de memória RAM que será utilizado no WSL, ajustando-o conforme a sua carga de trabalho. memory=8GB Limite a quantidade de processadores disponíveis no WSL, ajustando conforme a sua carga de trabalho. processors=4 Crie um espaço de Swap para evitar o esgotamento de memória em altas cargas de trabalho. swap=8GB Habilite a comunicação entre os serviços do WSL e o host do Windows para o funcionamento dos serviços e das portas do Docker. localhostforwarding=true` Observação: Vale ressaltar que existem outros padrões que podem atender melhor ao seu caso de uso. Para isso, consulte o link acima e confira todas as opções disponíveis. As opções mencionadas acima, na minha opinião, são as mais importantes para evitar o uso excessivo de hardware no seu sistema. Agora, salve o arquivo de configuração pressionando a combinação de teclas Ctrl + s e, em seguida, feche o bloco de notas. Instalando o WSL Uma vez configurados os pré-requisitos, chegou o momento de instalar as dependências necessárias para o funcionamento do WSL. Para isso, abra novamente o PowerShell

O que é WSL
O texto busca auxiliar usuários na criação de um ambiente de desenvolvimento Windows utilizando o WSL.
O WSL (Windows Subsystem for Linux) permite ter um ambiente Linux com terminal e interface gráfica dentro do Windows, sem necessidade de dual boot ou mudança de sistema operacional. Assim, é possível usar o Windows para rotinas de programação e softwares/jogos exclusivos, e o Linux para desenvolvimento.
Requisitos de Hardware
Antes de iniciar a instalação do WSL no Windows, é preciso garantir que o hardware atenda aos requisitos mínimos:
Configuração de Hardware Intel:
I5 de 8ª Geração ou superior
16 GB de RAM
Mínimo de 50 GB de disco
Virtualização ativada na BIOS
Configuração de Hardware AMD:
AMD Ryzen 5 5600 ou superior
16 GB de RAM
Mínimo de 50 GB de disco
Virtualização ativada na BIOS
O WSL funciona como uma virtualização dentro do Windows, portanto, para uma boa experiência, é necessário ter pelo menos o hardware listado. Para cargas de trabalho mais intensas no Windows, recomenda-se hardware superior às especificações mínimas.
Como Ativar a Virtualização na BIOS
Antes de começarmos, é fundamental garantir que a virtualização esteja habilitada na BIOS. Para isso, ao ligar o computador, pressione a tecla F2, F10 ou Delete, dependendo do modelo da sua placa-mãe. Você verá uma tela semelhante à mostrada abaixo:
Habilitando em Placas AMD:
Habilitando em Placas Intel:
Importante: Cada placa-mãe possui um menu de configuração diferente. Consulte o manual da sua placa-mãe e procure pelas opções 'SVM Mode', 'Intel Virtualization Technology' ou o nome correspondente para a virtualização.
Requisitos de Software
Para garantir a melhor experiência na instalação do WSL, utilize o Windows 11, preferencialmente a última versão 24H2. O suporte da Microsoft para o Windows 10 termina em 14 de outubro de 2025.
Ao iniciar o Windows, o primeiro passo é garantir que o App Installer esteja na versão mais recente. Abra a Microsoft Store (ícone de sacola com o logotipo do Windows) e clique no ícone de nuvem com seta para baixo, como ilustrado na imagem a seguir.
Precisamos assegurar que o App Installer esteja atualizado. Clique em 'Get Update' ou 'Obter atualização' (a localização é idêntica, independentemente do idioma do seu Windows).
O Processo de atualização pode demorar um pouco devido à quantidade de atualizações disponíveis e à sua velocidade de conexão, basta aguardar e certificar que tudo foi atualizado corretamente.
Após atualizar o App Installer, é hora de iniciar o PowerShell como administrador para instalarmos a versão mais recente (7.5, na data deste artigo).
Você verá uma tela como a imagem acima. Nela, executaremos o seguinte comando no PowerShell:
winget install Microsoft.PowerShel
Aguarde o processo de instalação e, em seguida, você pode fechar o PowerShell atual. Vá até o menu Iniciar, pesquise por PowerShell e inicie o PowerShell na cor azul escura como administrador, conforme a imagem a seguir:
Com o PowerShell aberto como administrador, chegou a hora de criar o arquivo de configuração .wslconfig. Ele será responsável por limitar o uso máximo de hardware permitido para o WSL, fazendo com que o WSL não utilize todos os recursos do seu computador. Para isso, execute o comando abaixo:
notepad "$env:USERPROFILE/.wslconfig"
Ao executar o comando, um Bloco de Notas em branco será aberto:
O comando acima vai criar um arquivo de texto na pasta inicial do seu usuário, que será responsável por aplicar algumas configurações avançadas. O arquivo de configuração possui uma sintaxe bem simples, que pode ser conferida aqui: Configuração de definições avançadas no WSL | Microsoft Learn
Dentro do arquivo, insira as seguintes linhas (as que considero mais importantes):
`# Configuração avançada do WSL
[wsl2]
Defina o limite de memória RAM que será utilizado no WSL, ajustando-o conforme a sua carga de trabalho.
memory=8GB
Limite a quantidade de processadores disponíveis no WSL, ajustando conforme a sua carga de trabalho.
processors=4
Crie um espaço de Swap para evitar o esgotamento de memória em altas cargas de trabalho.
swap=8GB
Habilite a comunicação entre os serviços do WSL e o host do Windows para o funcionamento dos serviços e das portas do Docker.
localhostforwarding=true`
Observação: Vale ressaltar que existem outros padrões que podem atender melhor ao seu caso de uso. Para isso, consulte o link acima e confira todas as opções disponíveis. As opções mencionadas acima, na minha opinião, são as mais importantes para evitar o uso excessivo de hardware no seu sistema.
Agora, salve o arquivo de configuração pressionando a combinação de teclas Ctrl + s e, em seguida, feche o bloco de notas.
Instalando o WSL
Uma vez configurados os pré-requisitos, chegou o momento de instalar as dependências necessárias para o funcionamento do WSL. Para isso, abra novamente o PowerShell 7.5 como administrador e execute o comando wsl --install, pressionando Enter. Você verá uma tela semelhante à abaixo, iniciando a instalação:
Aguarde a conclusão do processo e, em seguida, reinicie o Windows para que as alterações tenham efeito.
Escolhendo uma Distribuição Linux
Antes de escolhermos uma distribuição, vamos garantir que as dependências do WSL foram instaladas corretamente. Para isso, basta abrir o menu Iniciar e verificar se os ícones do WSL estão presentes.
Agora é o momento de escolhermos a distribuição Linux que melhor nos atenda. Podemos instalar a distribuição Linux de nossa preferência pela Microsoft Store ou procurar alguma distribuição comunitária através do GitHub, GitLab ou pela internet. É importante ressaltar que, ao utilizar essas distribuições comunitárias, é necessário ter cautela, pois não sabemos sua procedência. Por isso, recomendo fortemente a instalação de uma distribuição pela Microsoft Store.
Com a Microsoft Store aberta, vamos buscar na barra de endereços por "Linux" e nos deparar com várias distribuições. Podemos escolher a que melhor nos atenda. Entre as opções, temos:
Alpine
Debian
Fedora
Kali Linux
Oracle Linux
Slackware
Ubuntu
Entre outras.
Também é possível instalar distribuições que estão fora da Microsoft Store, como é o caso do Manjaro WSL ou do Linux Mint WSL:
Manjaro Linux O Manjaro Linux pode ser obtido neste repositório do GitHub, por exemplo:
Linux Mint O Linux Mint pode ser obtido neste repositório do GitHub, por exemplo:
Observação: É importante ressaltar que é necessário verificar cuidadosamente as distribuições Linux que serão instaladas, pois pode haver o risco de instalar algo que comprometa o sistema Windows.
Neste artigo, vamos realizar a instalação do Ubuntu 24.04 LTS. Para isso, vamos buscar o termo "Ubuntu 24.04" na Microsoft Store:
Vamos selecionar a distribuição conforme a imagem acima e instalá-la com a opção "Obter":
Após a conclusão da instalação, o usuário deve clicar em "Abrir" para iniciar o processo de configuração. Durante esse processo, será necessário definir um nome de usuário e senha para o usuário root (sudo su).
Feito isso, estaremos com o nosso Ubuntu 24.04 instalado e você estará dentro do terminal bash no Ubuntu, conforme a imagem a seguir:
Instalação da Fonte MesloLGS e Tema no Windows Terminal
Agora, vamos fechar o terminal do Ubuntu, pois vamos aprimorar a estética do nosso ambiente. Perceba que ele está com o tema roxo (que, embora seja característico do Ubuntu, não é muito agradável visualmente) e a fonte utilizada é simples, não sendo ideal para trabalhar com ícones, o que é necessário para o Powerlevel10k. Para isso, o primeiro passo será baixar o pacote de fontes para o Powerlevel10k diretamente no repositório do GitHub.
Com o download das fontes concluído, é hora de realizarmos a instalação utilizando o método de instalação como administrador. Para isso, vamos clicar com o botão direito do mouse, selecionar a opção "Mostrar mais" e, em seguida, clicar em "Instalar para todos os usuários", com o ícone de escudo, para executar como administrador.
Com as fontes instaladas, é hora de modificar o tema do Windows Terminal a nível global. Para isso, vamos iniciar o Windows Terminal.
Vamos abrir o arquivo de configuração do Windows Terminal. Para isso, clique no ícone ▼ e selecione a opção Configurações. Você pode usar o Bloco de Notas, Notepad++ ou o editor de sua preferência; neste caso, usaremos o Visual Studio Code.
Nessa nova tela, vamos criar na última opção a sua esquerda, onde vamos localizar a opção abrir o arquivo Json conforme a imagem a seguir:
Nessa nova tela, vamos criar, na última opção à esquerda, a opção para abrir o arquivo JSON, conforme a imagem a seguir:
Ao clicar na opção acima, o Windows exibirá uma caixa de diálogo para que possamos escolher o editor de arquivos de nossa preferência. Neste tutorial, utilizaremos o Visual Studio Code:
Neste trecho, vamos inserir os seguintes valores abaixo:
{
"defaults":
{
"colorScheme": "Rapture",
"font":
{
"face": "MesloLGS NF"
},
"opacity": 80,
"useAcrylic": false
},
Agora, vamos habilitar o tema Rapture para o nosso Windows Terminal, o que proporcionará um visual mais agradável, na minha opinião. Para isso, vá até a seção Schemes e cole o código abaixo:
{
"name": "Rapture",
"black": "#000000",
"red": "#fc644d",
"green": "#7afde1",
"yellow": "#fff09b",
"blue": "#6c9bf5",
"purple": "#ff4fa1",
"cyan": "#64e0ff",
"white": "#c0c9e5",
"brightBlack": "#304b66",
"brightRed": "#fc644d",
"brightGreen": "#7afde1",
"brightYellow": "#fff09b",
"brightBlue": "#6c9bf5",
"brightPurple": "#ff4fa1",
"brightCyan": "#64e0ff",
"brightWhite": "#ffffff",
"background": "#111e2a",
"foreground": "#c0c9e5",
"selectionBackground": "#304b66",
"cursorColor": "#ffffff"
}
Ficando semelhante à imagem abaixo:
Agora, vamos salvar utilizando a combinação de teclas Ctrl + S ou indo em Arquivo e, em seguida, selecionando Salvar.
Após isso vamos está com essa estética:
Caso queira outros temas, você pode consultar este link.
Por fim, vamos definir o Ubuntu 24.04 como o sistema padrão do nosso Windows Terminal. Para isso, acesse as configurações do Windows Terminal, conforme a imagem abaixo.
Agora, vamos definir o Ubuntu como o shell padrão do Windows Terminal.
Agora, basta salvar as alterações e, ao iniciar um novo Windows Terminal, ele abrirá automaticamente com o Ubuntu 24.04 como padrão.
Configuração do Ubuntu para Desenvolvimento e Operações (DevOps/SRE)
Feitas todas as configurações anteriores, chegou o momento de começarmos a configurar e instalar os pacotes necessários para o nosso fluxo de desenvolvimento utilizando o WSL com o Ubuntu Linux.
Para isso, vamos abrir o Windows Terminal e nos logar como root utilizando o comando sudo su, seguido da senha que definimos na etapa anterior.
Agora, vamos realizar dois passos que considero essenciais. O primeiro é habilitar o suporte para a arquitetura 32 bits. Em seguida, vamos ativar o Ubuntu Pro para garantir suporte estendido no WSL e obter patches adicionais de segurança.
Para ativar o suporte à arquitetura 32 bits, execute o comando a seguir como root:
dpkg --add-architecture i386
Agora, vamos habilitar o Ubuntu Pro, uma funcionalidade da Canonical, que oferece suporte estendido para versões Ubuntu LTS, além de patches de segurança, sem custo para uso doméstico. Para isso, acesse este link e crie uma conta.
Após criarmos a conta, é o momento de obter a nossa chave do Ubuntu Pro. Para isso, vamos acessar a opção Your Subscription, conforme a imagem a seguir:
Agora, vamos copiar o comando abaixo, colá-lo no nosso terminal e pressionar Enter.
Se tudo correr como esperado, você verá uma tela semelhante a esta:
Agora, vamos atualizar os repositórios e o sistema utilizando o comando a seguir:
sudo apt update && sudo apt dist-upgrade -y
Com o comando acima, teremos nossa lista de repositórios atualizada, além de garantir que todos os pacotes iniciais do Ubuntu estejam na versão mais recente.
Instalando ferramentas essenciais
Agora, chegou o momento de realizar a instalação dos pacotes, com o objetivo de garantir um ambiente capaz de suportar adequadamente a carga de trabalho de DevOps e SRE.
Iniciaremos a instalação dos pacotes abaixo, responsáveis por fornecer ferramentas essenciais para o desenvolvimento, como build-essential, default-jdk, cmake, além de utilitários para análise de rede e vulnerabilidades, como nmap, sqlmap, sslscan, e ainda o git para versionamento de código, o curl para transferência de dados entre domínios e servidores, o poderoso editor de texto via terminal Neovim e um shell mais performático e customizado com o zsh.
Além dos pacotes mencionados, também instalaremos o suporte a múltiplas linguagens de programação, como Python, Rust, OCaml, Haskell, Lua, R, o navegador de terminal Lynx, ferramentas para SecOps, como nikto, e o john para testes de vulnerabilidades e pentest. Também será instalado o pacote ubuntu-restricted-extras, que inclui codecs e as fontes da Microsoft, caso desejemos utilizar o WSLG, a interface gráfica dentro do WSL.
Para realizar a instalação dos pacotes acima, basta executar o seguinte comando:
sudo apt install build-essential default-jdk libssl-dev exuberant-ctags ncurses-term ack-grep silversearcher-ag curl gnupg fontconfig imagemagick libmagickwand-dev software-properties-common git vim-gtk3 neovim emacs micro lyx net-tools nmap sqlmap sslscan traceroute nikto ubuntu-restricted-extras gdebi-core cmake cmake-extras flatpak flatpak-builder python3 python3-pip python3-dev python3-apt python3-venv rust-all elinks links lynx jq bc mc opam ocaml lua5.4 haskell-stack cabal-install ghc john rlwrap gawk sassc r-base zsh neofetch eza bat dialog zenity -y
Com a instalação acima finalizada, vamos instalar ferramentas essenciais para complementar a instalação anterior, que incluem bibliotecas para gráficos e interfaces gráficas, suporte a OpenGL, manipulação de XML, utilitários para automação, comunicação segura via SSH e acesso a complementos para comunicação de banco de dados.
Para isso, vamos executar o comando a seguir:
sudo apt-get -y install autoconf m4 libwxgtk3.2-dev libwxgtk-webview3.2-dev libgl1-mesa-dev libglu1-mesa-dev libpng-dev unixodbc-dev xsltproc fop libxml2-utils
Com a instalação anterior finalizada, vamos instalar agora pacotes cruciais para automação de builds e configuração de projetos, pacotes para trabalhar com arquivos YAML, bibliotecas para a linguagem C, libtool para gerenciamento de bibliotecas compartilhadas, extrator de arquivos com Unzip e suporte ao SQLite, ideais para bancos de dados pequenos, leves e embarcarados.
Para isso, executaremos o comando a seguir:
sudo apt install automake autoconf libreadline-dev libyaml-dev libxslt-dev libffi-dev libtool unzip zlib1g-dev sqlite3 libsqlite3-dev
Agora, vamos instalar pacotes essenciais para lidarmos tanto com o poderoso framework web em C++ chamado Drogon Framework, compiladores padrão para C e C++ com gcc e g++, cmake para automação de processos de construção de projetos e garantir conexões seguras e criptografadas nas conexões SSH.
Para isso, vamos executar o trecho a seguir:
sudo apt install gcc g++ cmake libjsoncpp-dev uuid-dev openssl
Agora, vamos instalar os extratores para arquivos compactados em diversas extensões, como RAR, ZIP, TAR, entre outros.
Basta executar o comando abaixo para realizar a instalação:
sudo apt install unace unrar p7zip-full sharutils uudeview arj cabextract lzip zlib1g-dev lbzip2 lrzip pbzip2 lzop
Por fim, vamos instalar os pacotes necessários para compilar e otimizar códigos tanto na linguagem C quanto na linguagem C++, incluindo o LLVM (nas versões 14 a 17), o compilador Clang, o mingw-w64 para códigos compatíveis com Windows, além do gcc-multilib e g++-multilib para suportar a criação de binários tanto em 32 como em 64 bits.
Basta executar o comando abaixo para realizar a instalação:
sudo apt install llvm llvm-14 llvm-15 llvm-16 llvm-17 clang mingw-w64 gcc-multilib g++-multilib
Com a instalação dos pacotes acima, vamos ter um ambiente de desenvolvimento capaz de lidar com uma boa gama de aplicações, além de permitir compilações de código para múltiplas plataformas como Linux, Windows e MacOS. Também deixamos o ambiente preparado para trabalhar inicialmente com algumas ações de DevSecOps (que vamos aprimorar a seguir).
Instalação do Suporte ao .NET (C#)
Com o passo anterior concluído, vamos agora configurar o suporte à linguagem .NET no nosso Ubuntu rodando via WSL. Embora seja possível usar o próprio Windows para essa finalidade, o foco deste artigo é utilizar o WSL como ambiente de desenvolvimento, portanto, é altamente recomendável realizar a instalação do suporte ao .NET diretamente dentro dele.
Para começar a trabalhar com .NET, precisamos primeiro adicionar o suporte ao PPA da Microsoft com o seguinte comando:
sudo add-apt-repository ppa:dotnet/backports
Com o repositório acima adicionado, vamos realizar a instalação de duas versões do .NET: primeiro a versão 8.0 e, em seguida, a versão 9.0. Para isso, vamos executar os seguintes comandos:
- Instalando o SDK 8.0 no Ubuntu:
sudo apt-get update && \
sudo apt-get install -y dotnet-sdk-8.0
- Instalando o SDK 9.0 no Ubuntu:
sudo apt-get update && \
sudo apt-get install -y dotnet-sdk-9.0
Instalação do Suporte aos Pacotes Nix (Opcional)
No mundo Linux, encontramos diversas distribuições com particularidades bem interessantes. Temos os pacotes .deb, utilizados na família Debian/Ubuntu, os pacotes .rpm, usados pela família Red Hat e OpenSuse, Snap, que é um pacote próprio do Ubuntu, AppImage e Flatpak, que são pacotes multi-distro, visando oferecer uma aplicação isolada, como uma espécie de "container", sem comprometer as bibliotecas e o sistema raiz, permitindo que seja portável.
Dentre os exemplos citados acima, encontramos uma distribuição Linux interessante chamada NixOS, cujo grande diferencial é ser uma distribuição imutável e trabalhar com aplicações segregadas da raiz do sistema, em uma espécie de sandbox, utilizando o Nix Shell.
A grande vantagem dos pacotes Nix é a escrita de uma derivação, muito parecida com a lógica do Ansible ou do Terraform, permitindo que você versionem e compartilhem um arquivo .nix. Dessa forma, outros usuários podem ter o ambiente necessário para realizar manutenções e alterações no projeto, sem a necessidade de "poluir" o seu sistema.
Para maiores detalhes sobre o NixOS e seu sistema de pacotes, consulte este link.
Vamos instalar o suporte ao Nix e NixShell com o seguinte comando como root:
sudo sh <(curl -L https://nixos.org/nix/install) --daemon
O processo de instalação é bem simples. Ele solicitará algumas confirmações, nas quais devemos pressionar y e seguir até o final. Isso habilitará o suporte aos pacotes Nix.
Instalação do Suporte ao CUDA (Somente para Nvidia):
Caso você tenha uma placa Nvidia da série RTX (preferencialmente) e pretenda trabalhar com alta carga de processamento de dados, aplicações em IA ou utilizar a sua GPU no processo de desenvolvimento, como por exemplo com PyTorch ou Anaconda, é fortemente recomendado que instale este pacote.
Como a Nvidia constantemente atualiza a versão do driver, é recomendado seguir as instruções para a última versão disponível, que pode ser obtida aqui
Na data deste arquivo, a última versão disponível é a 12.8. Para isso, vamos executar o seguinte comando:
cd /tmp
wget https://developer.download.nvidia.com/compute/cuda/repos/wsl-ubuntu/x86_64/cuda-keyring_1.1-1_all.deb
sudo dpkg -i cuda-keyring_1.1-1_all.deb
sudo apt-get update
sudo apt-get -y install cuda-toolkit-12-8
Após executar o trecho acima, o CUDA estará instalado em nosso Ubuntu 24.04.
Observação: Caso tenha optado por outra distribuição durante o processo de instalação do WSL, basta selecionar a sua versão do Linux e seguir as instruções do site, conforme a imagem a seguir:
Instalação de Suporte ao Maven, Groovy, Gradle e Outras Linguagens
Agora, vamos instalar o suporte a outras linguagens de programação e frameworks essenciais para termos um ambiente de desenvolvimento abrangente. Habilitaremos o suporte a ferramentas para Java, C, C++, Kotlin, Python, além da linguagem Lua para scripts.
Para isso, vamos executar o seguinte comando:
apt install maven groovy valac lua5.4 gradle openjfx jython
Instalação do Suporte ao GStreamer
Nesta etapa, vamos instalar o suporte à reprodução de mídia dentro do WSL, de forma que seja possível utilizar o Google Chrome com um desempenho semelhante ao de uma versão nativa no Windows. Esse cenário é ideal, por exemplo, para testar uma aplicação PHP dentro do WSL.
Com o comando a seguir, teremos amplo suporte à reprodução de mídia, edição e processamento, streaming, codificação e decodificação. Para isso, basta executar o trecho abaixo no terminal como root:
apt-get install libgstreamer1.0-dev libgstreamer-plugins-base1.0-dev libgstreamer-plugins-bad1.0-dev gstreamer1.0-plugins-base gstreamer1.0-plugins-good gstreamer1.0-plugins-bad gstreamer1.0-plugins-ugly gstreamer1.0-libav gstreamer1.0-tools gstreamer1.0-x gstreamer1.0-alsa gstreamer1.0-gl gstreamer1.0-gtk3 gstreamer1.0-qt5 gstreamer1.0-pulseaudio
Instalando o Google Chrome no WSL (Opcional)
Eu geralmente instalo um navegador web dentro do WSL. Embora as aplicações no WSL funcionem perfeitamente no Windows, graças ao parâmetro localhostForwarding=true que habilitamos no .wslconfig, ter um navegador dentro do WSL é uma boa prática, como uma precaução.
Para isso, vamos utilizar o wget para realizar o download do arquivo .deb neste link.
Após realizar o download do arquivo, vamos copiar o pacote .deb para dentro do nosso WSL utilizando o Windows Explorer.
Para isso, acesse o diretório onde você salvou o arquivo .deb.
Vamos clicar com o botão direito do mouse e selecionar a opção Copiar.
Agora, vamos acessar os diretórios do WSL pelo Windows Explorer.
Agora, vamos acessar a pasta /tmp dentro do WSL:
Agora, vamos colocar o arquivo .deb recém-baixado.
Com isso, vamos abrir o Windows Terminal e acessar o diretório /tmp via linha de comando:
Se pesquisarmos pelo conteúdo, encontraremos o arquivo .deb recém-copiado, utilizando o comando a seguir:
Agora, vamos instalar o pacote com o comando a seguir, como root.
sudo dpkg -i google-chrome-stable_current_amd64.deb
Aguarde o processo de instalação finalizar e, em seguida, você poderá acessar o Google Chrome de duas formas. A primeira é via terminal, com o comando a seguir, como usuário normal (lembrando que ao fechar o terminal, o Google Chrome será encerrado):
A segunda opção é pelo Menu Iniciar, filtrando por Google Chrome (aparecerá uma versão com o ícone de um pinguim, junto ao logo). Dessa forma, ele funcionará até que o usuário finalize a sessão:
Importante: Quando abrir o Google Chrome pela primeira vez, ele perguntará se deseja torná-lo o navegador padrão do WSL. Fica a seu critério decidir. Também é possível instalar outros navegadores, como Firefox, Brave, entre outros, de acordo com a preferência do usuário.
Instalação e configuração do Oh-My-Zsh com plugins para terminal no usuário root
No Linux, existem diversos tipos de shell que podemos utilizar para potencializar a nossa produtividade. Entre os mais conhecidos, temos o Bash, presente na grande maioria das distribuições, o Z shell (Zsh) — que será o utilizado nesta configuração — e o FISH (Friendly Interactive Shell), que também é bastante popular. Embora existam muitas outras opções de shells, neste tutorial vamos nos concentrar na configuração do Oh-My-Zsh, uma ferramenta que vai incrementar o desempenho e a performance do Zsh, o shell que já instalamos no passo anterior, Instalando ferramentas essenciais.
Para saber mais sobre o Oh-My-Zsh, consulte o seguinte link.
Para instalar o Oh-My-Zsh, vamos rodar os seguintes comandos como root:
sudo su
zsh
cd
sh -c "$(curl -fsSL https://raw.githubusercontent.com/ohmyzsh/ohmyzsh/master/tools/install.sh)"
Após rodar o comando acima, você perceberá que a estética do terminal será alterada.
Agora, vamos instalar alguns plugins que irão aumentar a nossa produtividade no terminal. Para isso, instalaremos os seguintes plugins:
zsh-autosuggestions: Responsável por sugerir comandos de forma inteligente enquanto você digita no terminal.
zsh-completions: Responsável por expandir as opções de autocompletar no Zsh, oferecendo sugestões para comandos, arquivos e argumentos que não são cobertos nativamente.
zsh-k: Responsável por melhorar a visualização e listagem de diretórios no Zsh, incluindo informações sobre pastas Git de forma mais legivel ao usuário.
zsh-fast-syntax-highlighting: Responsável por melhorar a legibilidade e a compreensão de códigos, comandos e scripts no terminal, aplicando destaques de sintaxe em tempo real, o que facilita a identificação de erros e a navegação entre diferentes elementos.
zsh-powerlevel10k: Um tema moderno, inspirado no Starship, projetado para ser utilizado no Oh-My-Zsh, oferecendo uma aparência limpa e funcional para o terminal.
Para realizamos a instalação vamos executar os comandos abaixo como usuário root:
- Instalando zsh-autosuggestions:
git clone https://github.com/zsh-users/zsh-autosuggestions ${ZSH_CUSTOM:-~/.oh-my-zsh/custom}/plugins/zsh-autosuggestions
- Instalando zsh-completions:
git clone https://github.com/zsh-users/zsh-completions ${ZSH_CUSTOM:-${ZSH:-~/.oh-my-zsh}/custom}/plugins/zsh-completions
- Instalando zsh-k:
git clone https://github.com/supercrabtree/k $ZSH_CUSTOM/plugins/k
- Instalando zsh-fast-syntax-highlighting:
git clone https://github.com/zdharma-continuum/fast-syntax-highlighting.git \ ${ZSH_CUSTOM:-$HOME/.oh-my-zsh/custom}/plugins/fast-syntax-highlighting
- Instalando powerlevel10k:
git clone --depth=1 https://github.com/romkatv/powerlevel10k.git "${ZSH_CUSTOM:-$HOME/.oh-my-zsh/custom}/themes/powerlevel10k"
Com os pacotes acima instalados, chegou o momento de configurarmos o arquivo .zshrc para garantir um visual agradável com o Powerlevel10k, além de habilitarmos as extensões recém-instaladas. Para isso, ainda como usuário root, vamos editar o arquivo .zshrc utilizando o editor de sua preferência. Neste tutorial, usaremos o vim.
Com o arquivo aberto, vamos localizar o trecho a seguir, que está logo no início do documento:
ZSH_THEME="robbyrussell"
Vamos alterar esta linha para o tema powerlevel10k, que instalamos na etapa anterior, deixando-a da seguinte forma:
ZSH_THEME="powerlevel10k/powerlevel10k"
Agora, vamos ativar os plugins que instalamos anteriormente. Para isso, localize o seguinte trecho:
plugins=(git)
E vamos acrescentar os plugins, deixando-os exatamente igual ao trecho a seguir:
plugins=(
fast-syntax-highlighting
git
k
zsh-autosuggestions
zsh-completions
)
Realizadas as alterações acima, vamos salvar o nosso arquivo. No caso do vim, vamos apertar a tecla ESC e depois digitar a combinação :wq!.
Após retornarmos ao terminal, é a hora de carregar o arquivo de configuração que editamos anteriormente. Para isso, vamos executar o comando a seguir:
source .zshrc
Com isso, veremos uma tela para configurarmos o nosso tema do Powerlevel10K, semelhante à tela abaixo:
A seguir, estão os passos que eu utilizo para configurar o meu shell ZSH. Lembre-se de que você pode configurar conforme o seu gosto. Caso queira usar a mesma configuração que eu, basta seguir as opções abaixo:
1 - y
2- y
3- y
4 - 3
5 - y
6 - y
7 - 3
8 - 1
9 - 1
10 - 1
11 - 3
12 - 1
13 - 1
14 - 1
15 - 2
16 - 2
17 - y
18 - 1
19 - y
Se você seguiu a mesma configuração que eu utilizo, terá um terminal semelhante ao visual abaixo: